terça-feira, 24 de novembro de 2015

ROTEIRO HISTÓRICO CEARÁ-MIRIM


LUGARES QUE EDUCAM NO RIO GRANDE DO NORTE: ROTEIRO HISTÓRICO DE CEARÁ-MIRIM

          


          Ceará-Mirim é uma das cidades mais encantadoras do Rio Grande do Norte. Com seus belos casarões e demais obras arquitetônicas do século XIX e XX, torna-se um referencial do turismo histórico da região metropolitana de Natal. Um dos principais referenciais desse tipo de turismo está ligado ao espaço educativo, pois grande parte das pessoas que veem a Ceará-Mirim conhecer a sua história são de diversas escolas e Faculdades de Natal, e de outras regiões do estado. Nessa perspectiva é trabalhado a transdisciplinaridades  no que diz respeito a história, a cultura e a arte.




Restaurado recentemente pela Prefeitura Municipal, o Mercado Público é símbolo da próspera atividade econômca no período da exploração da cana-de-açúcar. Construído por volta de 1880, o mercado era um entreposto para a comercialização dos produtos da cana de açúcar (rapadura, mel, álcool, açúcar, melaço e aguardente).
Fonte:http: http://www.cearamirim.com/




O PALÁCIO ANTUNES (atual prefeitura da cidade) FOI CONSTRUÍDO PELO CORONEL DA GUARDA NACIONAL JOSÉ ANTUNES DE OLIVEIRA EM 1888. IMPONENTE DE ARQUITETURA NEOCLÁSSICA, FORA O PONTO DE ENCONTRO ENTRE OS POLÍTICOS NO FINAL DO BRASIL IMPERIAL E INÍCIO DA REPÚBLICA. OS GRANDES SARAUS ENTRE OS POETAS E ESCRITORES DA MINHA TERRA A QUEM CITO: MADALENA ANTUNES (A SINHÁ MOÇA), JUVENAL ANTUNES (IRMÃO DE MADALENA), ADELE DE OLIVEIRA, DOLORES CAVALCANTI, ETELWINA ANTUNES ENTRE OUTROS. NO SÉCULO XX, O FILHO DA SINHÁ MOÇA RUY ANTUNES PEREIRA, COMPROU O SOLAR AO SEU TIO JUVENAL EM 1935, E DEU DE PRESENTE AO SEU FILHO RUY PEREIRA JÚNIOR QUE AO ASSUMIR A PREFEITURA MUNICIPAL EM 1974, FEZ DOAÇÃO DO SOLAR PARA SER A SEDE DA PREFEITURA DE CEARÁ-MIRIM.



TEXTO - FRANCISCO  FERREIRA (BARÃO)
FONTE:http://franciscoguiacm.blogspot.com.br/2013/11/a-historia-do-palacio-antunes-em-ceara.html



Túmulo de Emma Thompson

E para quem gosta de história de amor:

"Marcello Olympio de Oliveira Barroca era filho de Victor José de Castro Barroca e nasceu em Ceará-Mirim no dia 16 de janeiro de 1856 e faleceu em São Gonçalo do Amarante.
Estudou na Inglaterra e lá conheceu a inglesa Emma Thompson nascida em 30 de novembro de 1854. Emma casou-se com Marcello e veio morar no Brasil, precisamente em Ceará-Mirim, no Engenho Verde Nasce.
Em 1880 Emma fica grávida de uma menina e, no dia 07 de fevereiro de 1881, quando está para dar à luz de sua filha, o parto complica e ela vem a falecer.
Marcello manda sepultá-la no ponto mais alto de uma colina na propriedade do engenho Verde Nasce, um lugar especial onde o jovem casal ia todas as tardes apreciar o pôr-do-sol que desaparecia à sombra do canavial. Tal atitude se deu porque a igreja não permitiu que sua esposa fosse sepultada no cemitério da cidade, uma vez que ela era de religião anglicana.
Seu túmulo foi mandado construir com proteção de grade de ferro vindas da Inglaterra e sua lápide foi confeccionada em Mármore de Carrara e trazia inscrito: “Sacred to the memory Emma – the beloved wife – Marcello Barroca. Born November 30 th 1854. Died February 7 th 1881”.
O casal teve uma filha que se chamou Emma Barroca em homenagem à mãe. Quando Emma completou 17 anos, em 03 de dezembro de 1898, casou-se com seu tio (viúvo) Apolônio Victor de Oliveira Barroca. Desse casamento nasceram 04 filhos, deixando descendência: Maria do Carmo de Oliveira Barroca; Jayme de Oliveira Barroca; Clarice de Oliveira Barroca e Maria de Oliveira Barroca.
Muito tempo depois, quando o Verde Nasce já não pertencia mais a família, começaram a surgiu histórias sobre as jóias que teriam sido enterradas com a jovem Emma e, também, começaram a surgir causos de assombrações em que a inglesa aparecia pedindo para que recuperassem aquele tesouro.
Ninguém sabe ao certo se a história procede ou se apenas são causos do imaginário popular. O certo é que o túmulo foi violado e, atualmente, restam os escombros do antigo jazigo. As grades de ferro e a lápide de mármore estão guardadas com os atuais proprietários do engenho.
Recentemente o diretor da Fundação Nilo Pereira Waldeck Araújo tentou fazer a restauração do túmulo, no entanto, a proprietária do engenho solicitou que ele se retirasse do local e que ela não autorizava tal ação.
É lamentável um caso como esse porque todos esses anos a velha ruína ficou em total abandono, exposta às intempéries do tempo. Esperamos que os proprietários do Verde Nasce, principalmente àqueles da área onde está localizado o túmulo, tenham um projeto que o salve da total destruição, afinal, é um monumento que faz parte da historia daquela região e precisa ser urgentemente restaurado, quem sabe, com isso, a inglesa possa descansar em paz (e nós também!!)".

FONTE: http://gibsonmachadocm.blogspot.com.br/2009/11/historia-de-emma.html

ENGENHO MUCURIPE (ANTIGO ENGENHO ALAGOAS)

CASAS DE MORADORES DO ENGENHO MUCURIPE (ANTIGO ENGENHO ALAGOAS)

MAUSOLÉU DE RUY PEREIRA NO ENGENHO MUCURIPE (ANTIGO ENGENHO ALAGOAS)

EM CEARÁ-MIRIM JÁ FORAM CONSTRUÍDOS MAIS DE 150 ENGENHOS E ENGENHOCAS. CEARÁ-MIRIM COMEÇOU A PRODUÇÃO AÇUCAREIRA TIMIDAMENTE ATRAVÉS DE ARRANJARAS ENGENHOS PRIMITIVOS MOVIDOS POR BESTAS OU MÃOS HUMANA. SEU GRANDE APOGEU SE DEU DURANTE O SEGUNDO CICLO CANAVIEIRO DO RIO GRANDE DO NORTE A PARTIR DE 1840.

FONTE: http://franciscoguiacm.blogspot.com.br/2013/07/roteiro-dos-engenhos-ceara-mirim-rn.html

O Museu Nilo Pereira, antiga Casa Grande do Engenho Guaporé, construído em 1850, é de grande importância para a história do RN. Uma das razões é que abrigou o governador da Província, Vicente Inácio Pereira, por volta de 1860. Completamente entregue às traças e morcegos, o Museu Nilo Pereira pertence à Fundação José Augusto, que usa o lugar como depósito.

FONTE: http://www.cearamirim.com/ovaleverdedoceará-mirimiii



IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Ceará-Mirim) É A MAIOR IGREJA CATÓLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

A pedra fundamental da Igreja Matriz de Ceará-Mirim, foi lançada a 21 de fevereiro de 1858 pelo Frei Serafim de Cattânia – Porém suas obras somente foram concluídas no ano de 1900.
O templo foi construído mediante projeto do Frei Serafim e as torres pelo projeto do engenheiro Mr. David Williams, com recursos do governo da província do Rio Grande do Norte e contribuições da população local; a direção das obras ficou a cargo de José Joaquim de Castro Barroca, do Engenho Verde-Nasce.
A Matriz foi construída em terreno doado pelo Coronel Manoel Varela do Nascimento (futuro Barão de Ceará-Mirim) e pelo Sr. Antônio Bento Viana do Engenho Carnaúbal no ano de 1851.
Por suas dimensões, é a Matriz de Ceará-Mirim, uma das maiores igrejas do Rio Grande do Norte. Mede 260 palmos o que equivale a 57 m 20 cm de comprimento e 107 palmos de largura que equivale a 23 m 55 cm.
Foi construída com duas torres góticas de base quadrangular e terminal em agulha, medindo aproximadamente 36 metros e que foram concluídas em 1894.
Em 1889, foram trazidos os sinos em carro-de-boi por dois jovens da época vestidos a caráter – Fausto Varella e Heráclio Ribeiro de Paiva. Um dos sinos pesa 40 arrobas, cerca de 600 Kg, e foi doado pelo tenente-coronel Francisco José Soares do Engenho Cruzeiro. O outro possui 20 arrobas que equivale a 360 Kg, sendo este último feito pelas doações do povo. Os sinos só foram colocados em 01 de janeiro de 1901, na virada do século, tida como inaugural, estando registrada no marco encravado entre o 1º e 2º arco da nave principal. Outras ofertas importantes foram feitas por Josefa Cavalcanti Rocha – o Batistério – e por D. Vitória Duarte Ribeiro – a Pia Batismal toda em mármore. O Sacrário em bronze chegou a Matriz em 1951 por doação do Dr. Milton Varella.
Segundo Nilo Pereira em seu livro intitulado Imagens do Ceará-Mirim, Madalena Antunes, Jornalista e Poeta, declara em “O meu diário paulista – manuscrito”; que o altar-mor de nossa matriz foi inspirado no altar-mor da igreja Nossa Srª. do Carmo, de São Paulo, do início do século XIX. Diz ela: “O altar-mor era um verdadeiro milagre de pintura. Construído em degrauzinhos, deixava ver ao fundo belíssima cortina de veludo bordeau, presa aos lados por cordões em bolas de ouro com coruahevs góticos e colunatos douradas, desenho de um artista estrangeiro que igualmente decorou todo o forro da igreja com significativos emblemas”.

FONTE: http://gibsonmachadocm.blogspot.com.br/2009/10/igreja-matriz-de-ceara-mirim-pedra.html



Cidade áurea dos tempos do Império, distante apenas 28 km da Capital, Ceará-Mirim tem um forte apelo turístico: a visita-guiada por alguém vestido a caráter, o guia Francisco Ferreira que é conhecido por onde passa como “Barão”, porque ele interpreta o personagem para falar a história do município. O passeio estimula a imaginação, com os relatos cheios de palavras que não mais se encaixam no vocabulário atual, como baronesa, sinhá-moça, feitor, escravos, ama de leite entre outras. 

Mesmo antes de conhecer sua história, o visitante rapidamente se encanta pelas particularidades do destino turístico. Uma delas é o acesso por trem, transporte rápido e barato. Partindo da Ribeira (em Natal), um privilégio de poucos no RN. Outra é o cuidado que seus habitantes têm com a jardinagem. Casas, praças e canteiros exibem flores. Na cidade e no campo, percebe-se o empenho de muitas pessoas no cultivo de plantas. 
Os engenhos preservados apresentam essa aura colorida e exalam seu odor nostálgico. Impossível não sentir uma volta no tempo. Pelo menos, na fantasia aquilo tudo é real. Tem até Barão com espada na cinta. Guia há quatro anos, com diversos cursos de formação, e reconhecido desde 2010 pelo Ministério do Turismo, Francisco “Barão” ensina o caminho das Quatro Estações Turísticas de Ceará-Mirim. A primeira delas é a Estação dos Engenhos, seguida das estações do Sabor, do Saber e das Artes. 

FONTE: http://tribunadonorte.com.br/noticia/uma-viagem-com-o-barao-de-ceara-mirim/231530


          Ao analisar o que foi apresentado anteriormente, notamos que vale apena conhecer a história, a arte, e a cultura de um povo, principalmente quando está tão perto de nós. a cidade de Ceará-Mirim trabalha de forma bem transparente com o turismo histórico ligado a educação, uma parceria que continua dando certo até hoje.

DISCENTES: Francisco de Assis de Souza Paz
                      Igor Rafael Soares de Paiva










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