domingo, 29 de novembro de 2015

Corredor Cultural de Natal/ Centro Histórico de Natal

Por Elba Macêdo e Sandra Vandrea


    Circulando pelos bairros da Cidade Alta e da Ribeira, observa-se a riqueza histórica e cultural existente na cidade do Natal/RN. Riqueza essa que vai além de sol, mar e dunas. Há cultura, memória e muito que se aprender no roteiro do Centro Histórico de Natal, que compreende parte da Cidade Alta e todo bairro da Ribeira.

      Trajeto do corredor cultural:


1 – Igreja de Santo Antonio: Terceira construção religiosa da cidade. Construída em estilo Barroco, apresenta um para-raios em forma de galo, sendo esta razão de também ser reconhecida como Igreja do Galo. Construção de século XVIII.


2 – Memorial Câmara Cascudo: antiga tesouraria da fazenda, este prédio foi construído em 1875.  Em estilo Neoclássico, onde antes havia o edifício do Real Erário no século XVIII. Abriga o Memorial desde o ano de 1987. Encontra-se em exposição permanente, obras, homenagens e iconografias do folclorista Câmara Cascudo.


3 - Igreja Matriz Nossa Senhora da Apresentação: primeiro templo religioso construído na cidade foi a antiga Catedral de Natal. Sua fundação está associada ao surgimento da cidade no ano de 1599. Passou por várias reformas: 1619 estava pronta para abrigar os católicos moradores da cidade. De 1633 até 1654 foi transformada em templo calvinista em função da invasão holandesa. No ano de 1694 sofreu uma nova ampliação, relacionada ao crescimento da população da cidade. O ano de 1862 assinala a última ampliação e conclusão da atual fachada.


4 – Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: Segunda igreja católica construída na cidade, provavelmente no ano de 1714, foi erguida com as contribuições dos escravos. Em estilo Barroco, é considerado um marco da arquitetura colonial.


5 -  Praça André de Albuquerque: Lócus de fundação da cidade de Natal em 25 de dezembro de 1599. O centro da cidade seguiu um traçado urbano medievo-renascentista, com as ruas estendendo-se ao redor da igreja matriz. No ano de 1902 ocorreu o povoamento da zona norte da cidade e da Ribeira. Em 1929 o então prefeito de Natal Omar O’ Grady convidou o arquiteto italiano Giacomo Palumbo para elaborar um plano de sistematização da expansão urbana de Natal. Nesta época a Ribeira despontava como principal centro cultural e comercial da cidade. A praça abriga um obelisco em homenagem aos revolucionários de 1817, entre eles, André de Albuquerque Maranhão, aristocrata potiguar que participou ativamente desta revolução, o mesmo encontra-se sepultado no interior da Igreja Matriz.


6 – Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte: Edifício construído em 1906 no estilo Neoclássico. É a mais antiga instituição cultural do RN. Na sua entrada encontramos o pelourinho da cidade que data de 1732, o mesmo fica na Rua Grande. Encontramos também os brasões do império e república. Outro artefato de grande importância é a Coluna Capitolina, doada pelo duque Benito Mussolini em comemoração ao reide aéreo realizado pelos pilotos italianos Carlo Del Prete e Arturo Ferrrarin.


7 – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: O IPHAN é o órgão federal responsável pela preservação e defesa do patrimônio cultural nacional. O prédio é uma construção em estilo colonial, considerado o melhor exemplar de arquitetura civil da cidade. O edifício atual ocupa o espaço do antigo Armazém real da Capitania do Rio Grande (século XVIII). A construção já abrigou várias funções sendo seu último morador ilustre o Padre João Maria.


8 – Museu Café Filho: O sobradinho da Rua Conceição é uma construção tombada em 1963. O prédio foi construído entre 1816-1820, pelo Capitão-Mor de milícias José Alexandre Gomes de Melo. É o primeiro sobrado particular erguido em Natal, sendo considerado um belo exemplar de arquitetura civil do período colonial. Atualmente o prédio abriga o Museu Café Filho.


9 - Palácio da Cultura: Construído em estilo Neoclássico entre os anos de 1866-1873, por determinação do Presidente de Província Olinto José Meira para abrigar a Assembleia  Legislativa e Tesouraria Provincial até 1902. O prédio foi o palácio do governo de Alberto Maranhão. Atualmente abriga a Pinacoteca do Estado. Este monumento é tombado desde 1965.


10 - Palácio Felipe Camarão: A prefeitura de Natal ocupa o espaço da antiga Intendência Municipal, o atual prédio construído em 1922 em alusão ao centenário da Independência do Brasil. Apresenta estilo eclético, sendo também conhecido como bolo de noiva devido ao exagero de decorativismo.


11 - Ordem dos advogados do Brasil: Projeto arquitetônico Herculano Ramos, o prédio foi construído no início do século XX, em estilo Art Nouveau para sediar o Congresso Legislativo do Estado. No ano de 1938 foi cedido pela Interventoria Federal para sediar o tribunal de Justiça. Desde o ano de 1978 é a sede da OAB no estado.


12 – Capitania das artes: No século XIX o prédio abrigou a sede da Capitania dos Portos e a Escola de Aprendizes Marinheiros até 1972. O edifício ficou abandonado por 20 anos. Apenas na década de 1990 houve uma restauração e recuperação da fachada original.


13 – Casa de Câmara Cascudo: Construída pelo industrial Afonso Saraiva Maranhão em 1900, foi vendida para o sogro de Câmara Cascudo em 1910. A casa é em estilo de chalé com influência do Neoclássico. Nesta casa, Cascudo morou com sua esposa e filhos. Hoje abriga um centro de visitação de importante referência sobre a vida do estudioso potiguar.


14 – Solar Bela Vista: construção do início do século XX, concebido como uma residência foi sede provisória do Tribunal de Justiça do Estado, em seguida Hotel Bela Vista. Apresenta características do estilo Neogótico. Em 1958 o prédio foi comprado pelo Sesi e hoje é sede de um centro de cultura e lazer.


15- Teatro Alberto Maranhão: construção iniciada pelo governador Ferreira Chaves no ano de 1898, foi concluído em 24 de março de 1904 com o nome de Teatro Carlos Gomes. Em 1910, o então governador Alberto Maranhão convida o arquiteto Herculano Ramos para as obras de reforma do prédio. Ocorre a predominância do estilo Eclético. O teatro é reinaugurado em 19 de julho de 1912. Nele encontramos no frontão uma escultura realizada pelo francês Mathurin Moreau, simbolizando a arte. Em 1957 o teatro recebe o nome de Alberto Maranhão.


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