Por Elba Macêdo e Sandra Vandrea
Circulando pelos bairros da Cidade Alta e da Ribeira, observa-se a riqueza histórica e cultural existente
na cidade do Natal/RN. Riqueza essa que vai além de sol, mar e dunas. Há
cultura, memória e muito que se aprender no roteiro do Centro Histórico de
Natal, que compreende parte da Cidade Alta e todo bairro da Ribeira.
Trajeto do corredor cultural:
1 – Igreja
de Santo Antonio: Terceira construção religiosa da cidade. Construída em
estilo Barroco, apresenta um para-raios em forma de galo, sendo esta razão de
também ser reconhecida como Igreja do Galo. Construção de século XVIII.
2 – Memorial
Câmara Cascudo: antiga tesouraria da fazenda, este prédio foi construído em
1875. Em estilo Neoclássico, onde antes
havia o edifício do Real Erário no século XVIII. Abriga o Memorial desde o ano
de 1987. Encontra-se em exposição permanente, obras, homenagens e iconografias
do folclorista Câmara Cascudo.
3 - Igreja
Matriz Nossa Senhora da Apresentação: primeiro templo religioso construído
na cidade foi a antiga Catedral de Natal. Sua fundação está associada ao
surgimento da cidade no ano de 1599. Passou por várias reformas: 1619 estava
pronta para abrigar os católicos moradores da cidade. De 1633 até 1654 foi transformada
em templo calvinista em função da invasão holandesa. No ano de 1694 sofreu uma
nova ampliação, relacionada ao crescimento da população da cidade. O ano de
1862 assinala a última ampliação e conclusão da atual fachada.
4 – Igreja
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: Segunda igreja católica construída na
cidade, provavelmente no ano de 1714, foi erguida com as contribuições dos
escravos. Em estilo Barroco, é considerado um marco da arquitetura colonial.
5 - Praça André de Albuquerque: Lócus de
fundação da cidade de Natal em 25 de dezembro de 1599. O centro da cidade
seguiu um traçado urbano medievo-renascentista, com as ruas estendendo-se ao
redor da igreja matriz. No ano de 1902 ocorreu o povoamento da zona norte da
cidade e da Ribeira. Em 1929 o então prefeito de Natal Omar O’ Grady convidou o
arquiteto italiano Giacomo Palumbo para elaborar um plano de sistematização da
expansão urbana de Natal. Nesta época a Ribeira despontava como principal
centro cultural e comercial da cidade. A praça abriga um obelisco em homenagem
aos revolucionários de 1817, entre eles, André de Albuquerque Maranhão,
aristocrata potiguar que participou ativamente desta revolução, o mesmo
encontra-se sepultado no interior da Igreja Matriz.
6 – Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte: Edifício construído em 1906
no estilo Neoclássico. É a mais antiga instituição cultural do RN. Na sua
entrada encontramos o pelourinho da cidade que data de 1732, o mesmo fica na
Rua Grande. Encontramos também os brasões do império e república. Outro
artefato de grande importância é a Coluna Capitolina, doada pelo duque Benito
Mussolini em comemoração ao reide aéreo realizado pelos pilotos italianos Carlo
Del Prete e Arturo Ferrrarin.
7 – Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: O IPHAN é o órgão federal
responsável pela preservação e defesa do patrimônio cultural nacional. O prédio
é uma construção em estilo colonial, considerado o melhor exemplar de
arquitetura civil da cidade. O edifício atual ocupa o espaço do antigo Armazém
real da Capitania do Rio Grande (século XVIII). A construção já abrigou várias
funções sendo seu último morador ilustre o Padre João Maria.
8 – Museu
Café Filho: O sobradinho da Rua Conceição é uma construção tombada em 1963.
O prédio foi construído entre 1816-1820, pelo Capitão-Mor de milícias José
Alexandre Gomes de Melo. É o primeiro sobrado particular erguido em Natal,
sendo considerado um belo exemplar de arquitetura civil do período colonial. Atualmente
o prédio abriga o Museu Café Filho.
9 - Palácio
da Cultura: Construído em estilo Neoclássico entre os anos de 1866-1873,
por determinação do Presidente de Província Olinto José Meira para abrigar a
Assembleia Legislativa e Tesouraria
Provincial até 1902. O prédio foi o palácio do governo de Alberto Maranhão.
Atualmente abriga a Pinacoteca do Estado. Este monumento é tombado desde 1965.
10 - Palácio
Felipe Camarão: A prefeitura de Natal ocupa o espaço da antiga Intendência
Municipal, o atual prédio construído em 1922 em alusão ao centenário da Independência
do Brasil. Apresenta estilo eclético, sendo também conhecido como bolo de noiva
devido ao exagero de decorativismo.
11 - Ordem
dos advogados do Brasil: Projeto arquitetônico Herculano Ramos, o prédio
foi construído no início do século XX, em estilo Art Nouveau para sediar o
Congresso Legislativo do Estado. No ano de 1938 foi cedido pela Interventoria
Federal para sediar o tribunal de Justiça. Desde o ano de 1978 é a sede da OAB
no estado.
12 – Capitania
das artes: No século XIX o prédio abrigou a sede da Capitania dos Portos e
a Escola de Aprendizes Marinheiros até 1972. O edifício ficou abandonado por 20
anos. Apenas na década de 1990 houve uma restauração e recuperação da fachada
original.
13 – Casa
de Câmara Cascudo: Construída pelo industrial Afonso Saraiva Maranhão em
1900, foi vendida para o sogro de Câmara Cascudo em 1910. A casa é em estilo de
chalé com influência do Neoclássico. Nesta casa, Cascudo morou com sua esposa e
filhos. Hoje abriga um centro de visitação de importante referência sobre a
vida do estudioso potiguar.
14 – Solar
Bela Vista: construção do início do século XX, concebido como uma
residência foi sede provisória do Tribunal de Justiça do Estado, em seguida
Hotel Bela Vista. Apresenta características do estilo Neogótico. Em 1958 o
prédio foi comprado pelo Sesi e hoje é sede de um centro de cultura e lazer.
15- Teatro
Alberto Maranhão: construção iniciada pelo governador Ferreira Chaves no
ano de 1898, foi concluído em 24 de março de 1904 com o nome de Teatro Carlos
Gomes. Em 1910, o então governador Alberto Maranhão convida o arquiteto
Herculano Ramos para as obras de reforma do prédio. Ocorre a predominância do
estilo Eclético. O teatro é reinaugurado em 19 de julho de 1912. Nele
encontramos no frontão uma escultura realizada pelo francês Mathurin Moreau,
simbolizando a arte. Em 1957 o teatro recebe o nome de Alberto Maranhão.
Fonte: http://historiaepatrimonio.blogspot.com.br/2009/06/corredor-cultural-de-natal-centro.html, 25/11/2015, 09h45min.
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